O dia que entreguei 1 Milhão de Reais.

A pandemia ainda nos assombrava no fim do ano de 2020 quando bateu à porta o briefing para dirigir a ação da Promoção Ypê, que anualmente sorteia 1 milhão de Reais aos concorrentes.  Máscara na cara, swab dentro do cérebro e banho de álcool gel na mão.

Sorte minha, o âncora narigudo que por anos fazia da Promoção um quadro dentro de seu programa estava cotado para se aventurar na vida política e, por obra do destino e de bons parceiros, pude levar um pouco do meu olhar para essa história.

Uma ação dessas nunca é fácil. Afinal é Brasil, um território enorme concorrendo ao sorteio. Um felizardo que é apontado dois dias antes da produção sair para gravar e que, pode morar ao lado do Marco Zero em São Paulo ou na divisa do Brasil com Venezuela. Fato é: se não tiver uma equipe malandra e agilizada a coisa não sai do papel.

Após a novela do ganha ou não ganha e vai ou não vai estávamos todos em Arraial do Cabo, três dias antes do Natal, para entregar o Prêmio a Dona Regina, uma Sra. figurassa, com uma vida de muitas baixas, mas que contagiava geral com seu bom humor e sede de viver. Uma pescadora. E com toda a simbologia que sua atividade carrega, não haveria pessoa melhor para ganhar aquele prêmio.

Chegar à casa de alguém omitindo um vale de 1 Milhão de Reais na carteira é um troço muito doido. Haja sabão pra deixar a emoção morna com o clímax para a entrega do Prêmio. Afinal, a essa altura todo mundo desconfia. Tudo é quente, tudo é na hora, e montar essa narrativa com o Rec solto foi bacana pra caramba.   

O filme foi aprovado no dia 31/12. Palmas pra toda (e enxuta) Equipe que se desdobrou e também se divertiu (sim, premissa do set feliz que reverbera no filme final!) naqueles poucos dias em Arraial.

A conclusão dessa história você assiste aqui embaixo.